Hoje o saudosismo atacou-me e a sensibilidade está à flor da pele. É o Natal… E mais um ano a acabar…

Sou sincera, salvo raras exceções, não sou de sentir muita falta do que já passou, mas há alturas que me lembro de pequenos momentos e situações e pergunto-me se terei aproveitado o suficiente. Acho que, por norma, nunca se aproveita tudo. Temos pressa de crescer…

Eu sou do tempo da revista Ragazza e da Super Pop, da Rua Sésamo e do Alf, da Beverly Hills 90210, da Baywatch, da Buffy e do MacGyver quando ainda nem as legendas sabia ler. Também sou do tempo dos Baby Feber, dos Trolls, da famosa Ondamania, das Peta-Zetas, dos Pega-Monstros e da Brick Game. E de mais um montão de coisas que se fosse enumerar, nunca mais saiamos daqui. Estes são apenas aqueles de que me recordo mais porque os adorava.



Lembro-me que via todos os episódios da Rua Sésamo, o pior que me podia acontecer na vida era por alguma razão não poder ver um que fosse. Lembro-me que lançaram a revista, e que eu praticamente obriguei o meu pai a comprar-me todas. E acredito que tenha comprado mesmo, pois recordo-me perfeitamente de ter uma pilha bem grande dessas revistas lá em casa. Acreditem ou não, o Poupas foi o meu primeiro namorado… What the hell??? As miúdas têm com cada uma…


Lembro-me ainda, da “paixão assolapada” que tinha pelos bonecos de cabelos às cores, os Trolls. Tinha de tudo um pouco, um daqueles com um olho vermelho e outro verde e, cada vez que lhe empurrávamos a barriga para dentro ele acendia luzes nos olhos. Tinha, inclusive, aqueles que se encaixavam nas pontas dos lápis e, cada vez que escrevíamos esvoaçavam os pelos coloridos que de vez em quando nos faziam cócegas no nariz…

Lembro-me da fase em que a ondamania andava atrás de mim para todo o lado, de como um brinquedo tão simples me entretinha tanto e, do dia em que, após partir para aí umas 500, a minha mãe me disse que nem tão cedo ganhava outra. Assim como dos raspanetes que levava por sujar as paredes todas lá de casa com os pega-monstros. Seus bichos viscosos… E do tempo em que os meus avós paternos tinham um café e me deixavam comer quilos de peta-zetas e todo o tipo de doçaria. Avós, seus “desencaminhadores” de crianças… Era um divertimento ter a boca a estalar todo o santo dia, não me fartava!!

Recordo-me perfeitamente de ter a companhia do meu pai para ver desenhos animados, filmes de animação e... o Chucky. Não sei como me deixaram ver o filme com uma idade daquelas. E é aqui que entra o Baby Feber, o meu boneco favorito dos milhentos que tinha, e que foi um castigo na altura para conseguir que me comprassem porque era caro como tudo. Como se pode ver na foto, e para quem não conhece, é parecido com o Chucky mas em versão “bonzinho” e amoroso. Fiquei cheia de medo à noite, depois de ver o filme e basicamente obriguei o meu pai a ir meter-me na cama, mas não sem antes tirar o boneco do quarto e levá-lo para bem longe, não fosse ele esfaquear-me durante o sono. Putos do caraças…


Mais tarde veio a fase da Baywatch e da Ragazza. A pilha que tinha tido em tempos de revistas da Rua Sésamo foi substituída por uma pilha ainda maior de Ragazza’s. E a Baywatch, que só passava na TV durante o verão, era a minha brincadeira preferida, e da minha prima, durante todo o ano.

Que belos tempos foram!!! Cada um à sua maneira… Destas fases, sobraram as recordações e pouco mais. Gostava muito de ter guardado todas essas coisas, mas sei que a maior parte já não as tenho. Com muita pena minha…

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