É verdade… estamos a chegar ao fim de Janeiro não tarda e eu ainda ando a partilhar coisas do ano passado… Quanto a vocês não sei mas eu gosto de partilhar aquilo que, na minha opinião, é bom. Por isso nem que fosse de há 2 ou 3 anos atrás, partilhava na mesma.

E como prometi que voltava para falar da sobremesa do fim de ano, cá estou eu para cumprir com isso.

Para além do Bolo Rainha espetacular que andava lá por casa e, das azevias de grão e batata doce igualmente boas, resolvi fazer uma Sericaia. Tenho uma confissão a fazer… gosto muito das minhas sericaias (lógico, se não gostasse não as fazia ou já tinha arranjado outra receita), mas desta vez, alguma coisa não correu muito bem e eu acho que sei o que foi. E a culpa foi minha… porque eu fui uma grandessíssima totó. Ok, o sabor estava lá, não completamente igual, mas bom na mesma. Só que a dita cuja ficou muito baixinha.




De qualquer forma, e porque costumo fazer e ela é realmente boa, partilho com vocês a receita. E, entretanto, já vos digo aquilo que não podem de jeito nenhum copiar para que as vossas não fiquem anãs também.

 Sericaia

- 250g de açúcar
- 50g de farinha de trigo
- 6 ovos
- 3 dl de leite
- Canela

Começo por colocar o leite a ferver. Entretanto, misturo o açúcar com a farinha e logo de seguida, adiciono as gemas. Quando conseguimos aquele creme amarelinho e sem grumos (aquele que nos deixa os braços na ultima de tanto mexer) é porque está bom.
Depois de ferver, o leite deve arrefecer um pouco. Quando o adiciono ao creme, e porque normalmente ele não está completamente frio, tento ir mexendo sempre.

De seguida, levamos novamente ao lume e, não paramos de mexer até engrossar. Atenção que este processo costuma demorar. Não podemos ter o lume muito alto para não começar a pegar no fundo e por isso vai levar algum tempo até que comece a ferver e que sintam o creme a ficar mais espesso.
Assim que estiver, desligamos o fogão e deixamos que arrefeça completamente.

Por esta altura é quando costumo ligar o forno, a 180º, para começar a aquecer.

Entretanto, batemos as claras em castelo e, quando o creme estiver frio, envolvemos tudo muito bem.



Transferimos o preparado para um recipiente de barro, previamente untado com manteiga e polvilhado com canela (ou o tradicional açúcar, para quem preferir) ou então, que é como eu costumo fazer mais vezes, forrado com papel vegetal. E foi aqui que eu fiz asneira. Porque pela primeira vez na confeção de uma sericaia, utilizei óleo em spray, que é o que utilizo na maior parte dos bolos e gosto. Mas neste caso, acho que foi isso que deu completamente cabo dela, pois de alguma forma, aquela gordura não combina com o creme da sericaia. Por isso, já sabem, manteiga e canela ou papel vegetal. Não inventem muito…

No final, e antes de ir ao forno, polvilha-se com canela. Consoante os fornos, assim o tempo que ela lá fica. A minha deve ter demorado cerca de 30 ou 40 minutos. Podem fazer o teste do palito, mas no caso da sericaia não esperem que ele saia completamente seco porque nesse caso, ela estará seca demais e o objetivo não é esse. Por isso, quando espetarem, tentem perceber quando é que a massa já não está crua mas ainda está húmida, e desliguem.



Uma dica importante: não a tirem logo do forno assim que o desligarem. Deixem a porta o mínimo possível aberta, apenas para que ela não continue a cozer mas não sinta logo o frio repentino. Porque ela cresce e se apanhar muito frio logo de repente vai baixar demais e, já é um doce com tendência a ficar pequeno.

Espero que gostem e que vos saia bem.
Eu, mais uma vez, tirei poucas fotos. Tenho que começar a habituar-me a isto… 😉

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